O assunto SAF voltou à pauta no Santa Cruz . Durante a reunião que apresentou o balanço contábil do clube de 2021, na semana passada, membros do conselho deliberativo tricolor propuseram a criação de uma comissão para discutir mais a fundo a viabilidade de se implementar o modelo de clube-empresa no Tricolor.
O pedido, solicitado pelo conselheiro Fred Ribeiro, recebeu o aval do presidente do Conselho, Marino Abreu. Um ofício de convocação foi redigido para que na próxima terça-feira, em reunião no órgão colegiado, representantes sejam eleitos.
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A sessão se inicia às 19h30.Em paralelo à atuação do executivo, tocado pelo presidente Antônio Luiz Neto, a função da comissão da SAF será reunir todas as informações possíveis sobre o assunto, estudos de caso dos clubes do Brasil que já implementaram os seus modelos, como Vasco, Cruzeiro e Botafogo, além de traçar um diagnóstico da condição real do Santa Cruz para se transformar em um clube-empresa.
Dados do balanço financeiro, reprovado por 97% dos votos no Conselho Deliberativo, por exemplo, apontaram um passivo de R$ 222 milhões e o oitavo déficit seguido nas contas do clube pernambucano.
Números que vão na contramão se comparados aos bens físicos do Santa Cruz, cujo valor patrimonial do Arruda subiu para R$ 274 milhões . Um ativo que, caso implementada a SAF tricolor, não será negociado.
Em Assembleia Geral realizada em maio, os sócios tricolores votaram para que o ativo imobilizado do Santa Cruz, como o caso do Arruda, não fosse envolvido na operação.
Embora tenha despertado o interesse imediato do mercado desde que a gestão, na época comandada pelo Pró-Santa, oficializou o desejo do Santa Cruz em aderir ao modelo de Sociedade Anônima do Futebol, hoje, o assunto da SAF não é "quente" no Arruda.
Em março, representantes do Azuriz, investidor que mantinha contato perene com o clube pernambucano, visitaram tanto o CT Ninho das Cobras, em Aldeia, como o Arruda, para conhecer a estrutura do clube.
Assistiram, ao lado do presidente Antônio Luiz Neto, nas tribunas de honra, o clássico contra o Náutico, pelo Campeonato Pernambucano.
Naquele momento, em transição de gestões após a renúncia de Joaquim Bezerra, que pediu para deixar o cargo de presidente, o Azuriz estava inclinado a modular uma proposta de compra do futebol do Santa Cruz. Ela, entretanto, nunca saiu do papel. Desde então, as partes nunca mais se falaram com a frequência de antes.
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