Depois de conversas mais quentes com representantes do Azuriz, o assunto da SAF esfriou no Santa Cruz. Oficialmente, a gestão diz que está aberta ao interesse de investidores, cita "parcerias nacionais" sendo construídas para reestruturar as finanças em 2023, sobretudo pela permanência na Série D, mas reforça o discurso de que é preciso ter cautela para se transformar em um clube-empresa.
Pelo menos quanto ao Azuriz, nunca mais aconteceram conversas entre os acionistas da holding (empresa) que investe no clube paranaense e a atual gestão do Tricolor.
A Jive, que comprou a massa falida do Lehmon Brothers, famoso banco americano, também demonstrou interesse na SAF coral, mas as conversaram não andaram para além de uma sondagem.
Em março, quando Antônio Luiz Neto assumiu a cadeira de presidente no lugar de Joaquim Bezerra, que renunciou ao cargo, as tratativas entre Santa Cruz e Azuriz inclinavam-se para a formalização de uma proposta de compra do futebol tricolor.
Ela nunca aconteceu.No mesmo mês, representantes do clube paranaense, Pedro Weber (CEO do fundo de investimento Azuriz Jay, entre os quais Marcelo, lateral-esquerdo ex-Real Madrid, é um dos integrantes) e o diretor Martín Carvalho acompanharam de perto o Clássico das Emoções diante do Náutico, pelo Campeonato Pernambucano.
- Acho que a SAF é uma bela ideia, uma bela forma de se fazer investimento no futebol, agora é preciso ter muito cuidado com a SAF. Tem gente que não é safo e fica falando de SAF como quem está brincando de Santa Cruz - afirmou o presidente Antônio Luiz Neto em exclusiva à reportagem.
"A gente é a favor da SAF, mas não para colocar o patrimônio do Santa em jogo, porque o estádio do Arruda é o terceiro maior estádio particular do mundo, pertence à torcida, foi construído pela torcida, e não é um ativo a ser negociado", acrescentou o presidente coral.
Algo que, no rigor do papel, já não será permitido. Em edital retificado no dia 22 de março e divulgado pelo Santa Cruz, o mandatário sugeriu como mudança o veto à integralização do capital social da SAF com os direitos de uso dos ativos imobilizados do clube - ou seja, seu patrimônio, como o Arruda e o CT Ninho das Cobras.
Alteração aprovada na Assembleia Geral de sócios, que também delegou plenos poderes ao executivo para constituir a SAF, sem que a faça de imediato.
- Estamos abertos a propostas, mas é preciso ter responsabilidade nesse assunto. O Santa Cruz tem condições sim, é viável, nós estamos conversando com diversas possibilidades de parceria nacionais.
Não há problema nenhum. O que a gente não pode é lesar a torcida do Santa Cruz nem permitir que o Santa Cruz seja tratado como objeto de desejo que alguém que poderá adquirir o estádio do Arruda, a sede do Santa Cruz e transformar em prédio - concluiu Antônio Luiz Neto.
Pois é.
ResponderExcluirEnquanto nossa torcida estiver comparecendo em massa essa diretoria não larga o osso, isso só vai ser resolvido quando agente abandonar o clube.🇾🇪🇾🇪🇾🇪🇾🇪🇾🇪🇾🇪🇾🇪🇾🇪🇾🇪🇾🇪🇾🇪🇾🇪🇾🇪🇾🇪