Quando o Santa Cruz nasceu preto e branco, nasceu também o primeiro grito contra o racismo no futebol pernambucano. Entre os garotos que fundaram o novo clube no pátio da igreja homônima havia um rapaz negro, que nas fotos antigas chamava a atenção em meio aos outros brancos. Era o centromédio, algo mais parecido com um volante de hoje em dia, Teófilo Batista de Carvalho, ou simplesmente Lacraia.
Teófilo Batista de Carvalho, seu nome de batismo, era diferente dos outros de sua cor na época. A maioria pobre, descendente dos escravos libertos quase 40 anos antes. Filho de médico, pertencia à classe média recifense e, embora fosse uma das molas propulsoras do novo clube, não estava presente no dia da assinatura da ata de função do Santa, na noite de 3 de fevereiro de 1914. Foi um líder dentro de campo como capitão e à beira do gramado no papel de técnico.
Não gravou sua grafia na ata mas deixou uma marca indelével até hoje. Depois de que o time perdeu um sorteio para o Flamengo e acrescentou o vermelho para tornar-se tricolor, coube a Lacraia desenhar a maior identidade de qualquer clube: seu escudo. A partir de uma âncora, Teófilo chegou à marca que ostenta as cores misturadas às inicias do nome oficial, Santa Cruz Futebol Clube, sobrepostas.
Na época, o Tricolor não tinha escudo e uma ideia de um amigo do pai de Lacraia, que se ofereceu para confeccionar escudos em metal despertou a ideia do jogador. Sem consultar a diretoria, o Teófilo mandou fazer as peças, que viriam dos EUA. A conta chegou: cinco contos de réis, uma bela quantia que o jogador não dispunha e teria que pagar do próprio bolso se não fosse aprovado pela diretoria. Por sorte todos gostaram e passaram a usar nos chapéus e nas lapelas de suas gravatas.
Desbravador, centromédio, designer. Ainda falta outra coisa. Lacraia foi o primeiro a cantar o Santa em verso e prosa. Para cada jogador, um pequeno poema, incluindo ele próprio:
Eis aqui o tricolor
Que acabo de descrever
Jogador por jogador
Ai que time,
Todos eles desdentados
Uns gorduchos outros cortados
Na metade da altura
Tem também uma Lacraia
Quem pisar em sua raia
A ferrada está segura
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