Esclarecendo a Polêmica: A Cessão do Arruda e a Natureza da SAF do Santa Cruz
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Uma suposta polêmica tem circulado nas redes sociais após a entrada dos documentos da proposta vinculante de investidores ao Conselho Deliberativo do Santa Cruz.
A proposta acabou vazando para grupos de WhatsApp após chegar às comissões do clube, e o teor da questão é a alegada cessão dos direitos do Estádio do Arruda por 50 anos, enquanto a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) duraria apenas 15 anos.
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Muitos argumentam que o período de cessão do estádio seria muito maior do que a própria duração da SAF.
No entanto, essa informação carece de conhecimento sobre a natureza de uma SAF e pode, talvez, ter sido divulgada com má intenção.
É fundamental entender que, quando um clube se transforma em uma SAF, essa transformação é totalmente definitiva, não por um período específico.
O clube passará a ser uma Sociedade Anônima do Futebol de forma permanente, independentemente de quem sejam seus proprietários ou do cronograma de investimentos que eles programaram.
Aprofundando a explicação, o contrato entre o Santa Cruz e os investidores estabelece um compromisso de investimento proposto de R$ 1 bilhão em 15 anos.
É crucial entender que este período de 15 anos se refere ao prazo que os investidores têm para realizar esse aporte financeiro, estabelecendo um piso de investimento, e não ao período total de duração da SAF ou da propriedade do clube.
A aquisição do clube (suas ações na SAF) é definitiva. O compromisso dos investidores é realizar esse aporte financeiro ou garantir que o clube atinja essa receita dentro dos 15 anos estabelecidos.
Após esse prazo, caso o acordo seja concretizado, o clube permanecerá sob a mesma propriedade. O Santa Cruz não mudará de mãos automaticamente ao fim desse período.
Isso significa que, se a Cobra Coral Participações S.A.
(a nova holding que seria proprietária da SAF) não desejar vender suas ações nos próximos 15 anos e optar por permanecer como dona do clube por 50 anos, ou até mais, ela terá o direito de fazê-lo.
Portanto, a informação de que o Arruda seria cedido por 50 anos, sendo que a SAF só duraria 15, é completamente inverídica e demonstra uma falta de compreensão sobre como funciona a estrutura de uma Sociedade Anônima do Futebol e os termos de um contrato de investimento.
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