A polêmica de Vini Moura e as provocações esquecidas no futebol pernambucano
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O atacante Vini Moura, do Santa Cruz, gerou grande repercussão nesta quarta-feira, 20 de novembro, ao aparecer em um vídeo rasgando e colocando dentro de uma churrasqueira a camisa do Sport, rival histórico do clube coral.
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O ato gerou indignação entre os torcedores rubro-negros, que cobraram um posicionamento do Santa Cruz e um pedido de desculpas formal. Contudo, o clube decidiu, por ora, não se pronunciar oficialmente.
Apesar da polêmica atual, vale relembrar que o futebol pernambucano tem um histórico de provocações entre atletas e clubes. Alguns jogadores do Sport, no passado, tiveram atitudes igualmente ou até mais polêmicas contra o Santa Cruz. A diferença, no entanto, está na reação gerada: enquanto o caso de Vini Moura é amplamente debatido, outros episódios semelhantes passaram com menos repercussão na mídia e entre torcedores.
Everton Felipe: provocação e abandono
Um dos casos mais emblemáticos é o de Everton Felipe. Revelado pelo Sport, o meio-campista fazia constantes provocações ao Santa Cruz, especialmente durante o rebaixamento do clube para a Série B em 2016. Suas atitudes geraram polêmica na época, mas anos depois, o destino trouxe reviravoltas. Everton sofreu uma grave lesão que encerrou sua carreira precocemente aos 26 anos. Para piorar, o clube que ele defendia e exaltava virou as costas para o jogador em seu momento mais difícil, deixando-o sem apoio.
Rogério: alfinetada e queda de prestígio
Outro exemplo é Rogério, atacante que em 2016 ironizou os atrasos salariais do Santa Cruz, sugerindo que times nessa situação deveriam ser rebaixados. O comentário aconteceu em um momento delicado para o tricolor do Arruda, que de fato acabou rebaixado. No entanto, o tempo também foi implacável com Rogério. O atleta, que já defendeu São Paulo e Bahia, hoje atua em clubes menos expressivos, como o Vitória das Tabocas, da segunda divisão do Campeonato Pernambucano.
Rithely: provocações, dívida e decadência
O caso mais grave, no entanto, foi protagonizado por Rithely em 2017. Após uma classificação na Copa do Nordeste dentro do Arruda, o volante provocou a torcida coral em diversas ocasiões, chegando a exibir as partes íntimas para os torcedores. Um ano depois, Rithely sofreu uma lesão grave que abalou sua carreira, impedindo-o de recuperar o futebol que um dia o colocou no radar de grandes clubes, como o Palmeiras. Atualmente, o atleta joga em clubes de menor expressão, como o Anápolis de Goiás.
Para agravar a situação, o Sport ainda deve cerca de R$ 20 milhões a Rithely, valor referente a direitos trabalhistas e pendências financeiras acumuladas ao longo de sua passagem pelo clube. A dívida evidencia um contraste entre a relação que o jogador construiu com o clube e a forma como sua carreira foi conduzida após os episódios polêmicos.
Reflexão sobre as provocações
O caso de Vini Moura reacende a discussão sobre a hipocrisia no futebol. Enquanto o atacante coral é criticado por seu ato, episódios semelhantes de jogadores do Sport parecem ser esquecidos ou tratados com menos rigor. No fim, as provocações entre rivais fazem parte da rivalidade histórica, mas também mostram que a linha entre a rivalidade saudável e a falta de respeito é tênue.
A história de Vini Moura ainda está em curso, mas é inegável que o futebol pernambucano tem memória curta quando se trata de suas polêmicas.
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