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Um dos nomes mais populares entre os investidores da futura SAF do Santa Cruz, Márcio Cadar está oficialmente fora do processo de aquisição do futebol coral.
A saída, que já era especulada nos bastidores, se concretizou após uma série de divergências entre o investidor e o presidente do clube, Bruno Rodrigues.
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Cadar, que chegou ao processo por meio de seu parceiro Iran Barbosa, ganhou notoriedade entre os torcedores, que o apelidaram de “Painho”.
O protagonismo dele e de Vinícius Diniz havia sido acordado entre o grupo de investidores, que permitiu que ambos falassem em nome do coletivo. No entanto, declarações públicas e atitudes consideradas precipitadas acabaram gerando desgaste interno.
Entre os episódios mais marcantes está o impasse sobre o contrato com a Volt.
Enquanto o presidente queria romper o vínculo com a fornecedora de material esportivo, Cadar se posicionou publicamente contra, defendendo a permanência do acordo até o fim do ano. A exposição do conflito gerou desconforto dentro do clube.
Além disso, o agora ex-investidor anunciou publicamente ações que estariam sob cláusulas contratuais de confidencialidade, como a implementação de sistema de reconhecimento facial no Arruda.
Também levou engenheiros ao estádio sem o aval da comissão patrimonial, o que foi visto como ingerência indevida.
Outro ponto crítico foi a aproximação de Cadar com o grupo político ProSanta, liderado pelo vice-presidente Marco Benevides, que ficou de fora das tratativas da SAF.
Informações passaram a vazar com frequência, e algumas cláusulas teriam sido descumpridas, o que abriu brecha contratual para que os demais investidores o retirassem do processo.
Recentemente, Cadar também quebrou cláusulas de confidencialidade ao comentar publicamente sobre os Naming Rights do Arruda, após reportagem do jornal O Globo.
Na ocasião, afirmou que a empresa TNT não estava envolvida na negociação e que o clube não estava tratando com nenhuma empresa do ramo de bebidas — declarações que ele não estava autorizado a fazer.
Na última semana, ele retirou de seu perfil no Instagram a descrição de “gestor da SAF do Santa Cruz”, reforçando os indícios de sua saída, que agora se confirma.
Ele já não se pronuncia em nome dos investidores, e sua saída está sendo formalizada contratualmente.
Apesar da popularidade, sua presença no projeto tornou-se insustentável. A situação foi um dos fatores que retardaram a finalização do contrato definitivo da SAF, que ainda será apresentado ao Conselho Deliberativo do clube.
Cadar tentou até o último momento permanecer como investidor do Santa Cruz.
O Clube Coral deu um ultimato aos restantes dos investidores, alegando que a permanência de CADAR poderia ser responsável por uma ruptura de contrato.
A decisão de sua saída ocorreu no dia 10 de abril, porém só será oficializada nesta segunda-feira.
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